Depois do êxito da série “Dahmer”, o canal de televisão AMC CRIME, produzido pela AMC Networks International Southern Europe, estreia na próxima quarta-feira, 11 de janeiro, pelas 22h30, a série documental “Dahmer: nas suas próprias palavras”.Esta produção entra na mente de Jeffrey Dahmer pelas suas próprias palavras, uma vez que recupera a entrevista que Nancy Glass realizou um ano antes da sua morte, na qual narrou os seus próprios crimes, para analisar as diferentes etapas da sua vida.
A série documental também conta com o testemunho do pai, da madrasta, advogado de defesa, duas vítimas, vários personagens chave do julgamento, o padre que o acompanhou durante a sua estadia na prisão, a sua ex-vizinha, entre outros. Desta forma, a produção recria como Jeffrey Dahmer foi desenvolvendo, passo a passo, o seu gosto pela necrofilia e pelo canibalismo, até se converter num dos maiores criminosos dos Estados Unidos.
Além de entrar na sua mente para oferecer as chaves do seu comportamento, “Dahmer: nas suas próprias palavras” investiga os erros policiais que permitiram que desse continuidade aos seus crimes e relata ainda o decorrer do julgamento pelo qual foi condenado a 15 prisões perpétuas, a sua estadia no cárcere, a perceção que tinha dos seus atos, o seu violento final e a opinião da sua família sobre o sucedido mais de duas décadas depois da sua morte.
‘Dahmer: nas suas próprias palavras’ começa explorando a sua “infância normal num bom lar” e o momento em que percebe a curiosidade pela taxidermia e o seu comportamento errático associado ao consumo de álcool. O episódio aborda ainda o seu primeiro plano com apenas 15 anos, o primeiro homicídio e a passagem pela universidade estatal de Ohio e pelo Exército.
Um dos momentos fortes da série é o relato de Preston Davis e Billy Capshaw, dois companheiros do regimento que foram drogados em diferentes momentos para serem agredidos sexualmente. Depois de ser expulso do Exército e acusado de exibicionismo, Dahmer passa a assistir a funerais no sentido de perceber a atratividade do morto com o objetivo de desenterrar o seu cadáver. Posteriormente, Jeffrey muda-se para Milwaukee, onde acelerou o instinto criminoso, agudizou o engenho para encobrir os crimes e aperfeiçoou a destreza para se desfazer dos corpos através de noções de química e anatomia.
O verão de 1990 marca o ponto de partida do segundo episódio da produção. A partir desse momento, o criminoso leva ao extremo os seus tenebrosos desejos tendo inclusivamente construído um altar com crânios e esqueletos das suas vítimas. Segundo declarou o assassino na sua entrevista a Nancy Glass, um lugar que seria destinado a “pôr em ordem os meus pensamentos e alimentar a minha obsessão”.
Jeffrey descobriu a sua paixão por canibalismo e explica como cozinhava os bíceps das suas vítimas para depois as comer enquanto olhava as fotografias das pessoas vivas. Além disso, recorda as suas experiências falhadas para converter homens em zombies para dormir com eles, prestando especial atenção ao caso de um jovem de 14 anos que fugiu ferido e drogado quando Jeffrey saiu para comprar cerveja.
Através da análise de vários profissionais que estiveram implicados na investigação, esta série documental mostra como acabou por se converter numa “máquina de matar fora de controlo”, recordando de forma detalhada como cometeu cada um dos 17 assassinatos. O espectador pode ainda acompanhar o tenebroso testemunho judicial de uma vítima que conseguiu escapar e acabou por denunciar Dahmer. Tracy Edwars desvenda o macabro ritual que seguia antes de cada assassinato.