Odisseia
Odisseia revela ligação espiritugal entre nómadas da Mongólia e animais
28 Maio 2025

Minissérie documental dá a conhecer rituais e tradições das tribos nómadas para resolver os seus conflitos

A 11 de junho, pelas 22h30, o Odisseia estreia em exclusivo o “Entre o Céu e a Terra: Nómadas da Mongólia”, uma fascinante série de três episódios que explora o alcance da ligação, física e espiritual, entre três tribos nómadas da Mongólia e os animais locais.

Em cada episódio, para ver às quartas-feiras, o protagonista é confrontado com uma crise de identidade entre a modernidade e a tradição. Contudo, regressando à Natureza e estabelecendo uma conexão com o seu animal sagrado, encontra forma de resolver o seu conflito interno.

Seja uma mulher a convencer um camelo a adotar uma cria com música, uma criança a tentar curar-se através da sua rena protetora, ou uma adolescente a libertar-se dos códigos de género, treinando uma águia-real, estas três histórias demonstram a força dos laços entre as tribos nómadas da Mongólia e os animais.

No episódio de 11 de junho conheceremos Kukhenduu, uma “domadora” de camelos que consegue hipnotizá-los com o canto e o som do violino. Na época de partos, é frequente as fêmeas morrerem após darem à luz e sem progenitora, uma cria pode morrer em poucas horas. Kukhenduu desloca-se ao deserto para recuperar a sua arte ancestral – tem de persuadir as fêmeas lactantes a adotar os camelos órfãos. Para tal, toca huur (o violino mongol), num ritual hipnótico em que o camelo bebé está entre a vida e a morte.

A 18 de junho, veremos como os pastores de renas tuvanos enfrentam uma decisão difícil: viver nas montanhas com os seus animais, ou mudar-se para a cidade para proporcionarem uma melhor educação aos filhos. Quando a jovem tuvana Sarangerel adoece na cidade, os médicos nada conseguiram fazer, mas um curandeiro diagnosticou-a com uma “doença xamânica”. Para recuperar, teria de voltar à floresta e tornar-se ela própria xamã. Na taiga, os pastores nómadas estão ligados a uma rena sagrada para a vida toda. Quando uma criança adoece, o ancião da tribo seleciona uma rena para a proteger da má sorte. Sarangerel tem de aprender a curar-se através de uma série de rituais que a ligarão à sua rena protetora.

No episódio de 25 de junho, viajamos até ao extremo oeste da Mongólia, onde nómadas cazaques treinam águias-reais para a caça da raposa e do lobo. Caçar com águias é uma atividade tradicionalmente masculina, mas Marjangul, uma jovem de 14 anos, quer aprender. Para tal, tem de ultrapassar as barreiras culturais entre homens e mulheres no seio da sociedade tradicional em que vive. Marjangul vê no sofrimento da sua águia um reflexo da sua própria crise de identidade numa cultura patriarcal, sobretudo quando, segundo a tradição, a sua irmã mais velha deve ser raptada para casar com um homem de um clã vizinho.

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