“Crimes à Portuguesa”: Três séries documentais sobre os crimes mais chocantes e mediáticos investigados pela polícia portuguesa.

Padre Frederico, Rei Ghob, Luís Miguel Militão ou George Wright são alguns dos criminosos abordados em “Crimes à Portuguesa”, um especial composto por três séries documentais que reconstituem todos os detalhes dos crimes mais impactantes que abalaram o nosso país, para ver no AMC CRIME, todas as quartas-feiras, a partir de 19 de novembro até 3 de dezembro.
Ao longo de 17 documentários, mergulhamos nos casos mais chocantes investigados pela polícia portuguesa, alguns dos quais desafiaram a justiça durante anos.
Desde desaparecimentos misteriosos e assassinatos mediáticos a mistérios sem resolução, através de testemunhos exclusivos, declarações das vítimas, arquivos inéditos e análises de investigadores e especialistas, conheceremos os factos que ajudam a compreender o contexto e a complexidade de cada caso.
‘Rei Ghob’ inaugura o especial a 19 de novembro, pelas 21h15, para dar a conhecer todos os pormenores sobre a detenção de Francisco Leitão, autodenominado ‘Rei Ghob’, acusado de homicídio e violação. Neste documentário, os inspectores revelam as suspeitas que conduziram à sua detenção, dando a conhecer um caso chocante que envolveu manipulação, violação, abuso de confiança e o homicídio de três jovens, tornando-o num dos crimes mais chocantes na sociedade portuguesa.
Este é o primeiro episódio de “PJ7”, uma série documental sobre oito grandes casos investigados pela Polícia Judiciária que vamos conhecer com base nos depoimentos de dezenas de profissionais de investigação criminal, bem como imagens de arquivo da RTP e da própria PJ. Um relato único e intenso dos inspetores que lideraram as investigações dos casos mais mediáticos em Portugal.
De seguida, pelas 21h46, o canal exibe “Gang Vale de Sousa”, mais um caso mediático que nasceu de uma investigação aos ‘Ninjas’, grupo dedicado à segurança marginal, extorsões, compra de armas, assaltos à mão armada e homicídios. Graças a intercepções telefónicas, passam a estar relacionados com vários assaltos de enorme violência, numa investigação que culminou de forma fatídica para o inspector João Sousa em Janeiro de 2001. O inspector líder desta investigação testemunha como foi reunir provas para o apuramento dos factos num caso que culminou na detenção aparatosa dos líderes da organização.
Pelas 22h18, é exibida a minissérie “George” composta por três episódios sobre a vida de George Wright, o homem que, em 1972, desviou um avião com um milhão de dólares, conseguindo escapar ao FBI durante 40 anos. Esta série conta a história de um homem com uma audácia fora do comum e um passado marcado pelo crime, fuga e mentira. Quarenta anos depois do sequestro, o FBI descobre George em Portugal, não conseguindo a sua extradição para os EUA.
A 26 de novembro, pelas 21h15, o AMC CRIME estreia mais quatro episódios da série “PJ7”, começando por “Meia Culpa”, o massacre mais grave da história recente portuguesa, ocorrido na discoteca Meia Culpa, em Amarante, que resultou em 13 mortes causadas por fogo posto. O episódio conta com depoimentos dos inspectores que revelam todas as diligências deste caso.

Segue-se, pelas 21h45, “Operação Levante”, um documentário que revela o culminar de uma investigação de dois anos que resultou na maior apreensão de estupefacientes alguma vez realizada em Portugal. Acompanhamos inspetores da PJ que seguiram o capitão João Caetano nas suas viagens dedicadas ao tráfico, realizadas a mando de uma organização internacional.
Em “Violador de Telheiras”, com exibição às 22h15, os inspetores do departamento de crimes de natureza sexual descrevem os meios de investigação disponibilizados para capturar um violador que chocou o bairro de Telheiras, na cidade de Lisboa. A investigação dedicou todos os meios a recolher provas e testemunhos que permitissem identificar o potencial suspeito, criando um retrato-robot que deu um enorme impulso à investigação.
Entre 2011 e 2015, Portugal viveu vários casos de ataques informáticos por hackers. Em “Anonymous”, para ver às 22h50, percebemos que o hacktivismo chegou através da internacionalização do grupo Anonymous, maioritariamente realizado por jovens entre os 16 e os 21. O surpreendente depoimento de um hacker arrependido e a participação de três inspectores da PJ conduzem o documentário pelos passos da investigação. Aborda temas como a reabilitação social e a ciber segurança do cidadão, num tempo em que já não podemos viver sem internet.
Ainda a 26 de novembro, pelas 23h20, o AMC CRIME exibe os dois primeiros episódios de “Depois do Crime”, uma série conduzida por Rita Marrafa de Carvalho que revisita locais, escuta sobreviventes e mostra que, com o tempo, as histórias podem mudar radicalmente, expondo versões que só o distanciamento temporal e afetivo permitem.
Esta série documental investiga três crimes que chocaram o país, com um longo processo judicial e uma cobertura mediática nunca antes vista. A série regressa aos lugares, fala com sobreviventes e com quem investigou os casos. Ao longo de seis programas, conheceremos factos inéditos do crime do Padre Frederico, os assassinatos cometidos por Luís Miguel Militão e o famoso processo que envolveu Vítor Jorge, conhecido como Mata-Sete.
“Padre Frederico”, para ver em episódio duplo, às 23h20 e às 23h46, conta a história de Frederico Cunha, um sacerdote brasileiro que chegou à Madeira em 1983 e rapidamente atraiu as atenções pelos seus cultos esotéricos, tendo sido acusado de assassinar um jovem em Portugal. O julgamento começou em 1993 e o padre foi condenado a 13 anos por homicídio. Seis anos depois, foi autorizado a passar oito dias com a mãe. Nunca mais regressaria a Portugal, fugindo de carro, via Madrid, para o Brasil onde vive com a mãe e nunca confessou o crime.
Nos dois episódios, veremos entrevistas aos jornalistas portugueses que acompanharam o caso, ao advogado de Frederico, ao médico legista que fez a autópsia à vítima e ao próprio Padre Frederico.

A 3 de dezembro, pelas 21h15, o AMC CRIME retoma mais dois episódios da série “PJ7”. Em “Homicídio no Rio Trancão” conheceremos um crime passional em torno de um corpo que surgiu junto à ponte Vasco da Gama. Teremos acesso a depoimentos de três inspectores muito experientes da PJ que revelam o método seguido e passos dados para deter os autores de um crime passional motivado pela inveja, ciúme e ira.
O último episódio desta série, “Remédio Santo”, para ver pelas 21h45, conta a história da operação Remédio Santo, a primeira de várias a pôr cobro a uma fraude que lesou o Estado português em mais de 100 milhões de euros. Conta com depoimentos do ministro da Saúde da altura, assim como de Inspectores da PJ que nos conduzem pelos pontos altos da investigação que constituiu uma aprendizagem para a própria Polícia Judiciária. Este episódio resulta numa autêntica aula de como actuar e contrariar uma forma de crime à altura tida como nova, mas com ramificações e réplicas por todo o mundo.
Este especial encerra com mais quatro episódios da série “Depois do Crime”. Em “O Monstro da Fortaleza”, para ver em episódio duplo, conheceremos os contornos do crime ocorrido a 12 de Agosto de 2001, dia em que seis empresários portugueses chegaram a Fortaleza, no Brasil, a convite de um amigo com a promessa de uns dias rodeados de praia e mulheres. Luís Miguel Militão, movido por razões financeiras, levou-os para um bar de praia que geria, onde os espancou e enterrou vivos no chão da cozinha do restaurante, cobrindo-os com cimento com a ajuda de três cúmplices.
Condenado a 150 anos de prisão, já tentou fugir por duas vezes da prisão de alta segurança onde se encontra. Encabeçou vários motins e é considerado um preso de alto risco. Nos dois episódios, voltámos aos locais do crime, conversámos com o médico legista que autopsiou os corpos, trocámos emails com Militão, entrevistámos a dona da casa onde ocorreram os homicídios e o advogado que representa Militão e ouvimos o jornalista que acompanhou o caso e entrevistou Luís Miguel Militão, no interior da prisão.
“O Mata-Sete” é o último crime a ser revelado em dois episódios que contam a história de Vítor Jorge, um pacato bancário que, movido pelo ‘combate a uma sociedade podre’, em Março de 1987, matou sete pessoas na Praia do Osso da Baleia, em Pombal, acabando detido quando uma vizinha o encontrou deitado num casebre, febril e de perna ferida.
Voltámos a casa de Vítor, entrevistámos vizinhos, o inspector da Polícia Judiciária que investigou o caso e o primeiro a chegar ao local dos crimes. Pela primeira vez, familiares das vítimas dão uma entrevista sobre o caso, conversámos com o primeiro jornalista a cobrir o crime e desvendámos o diário de Vítor. Temos o testemunho do juiz que julgou o caso e da profiler que reuniu com ele para análise psicológica.