Especial de programação assinala 80º aniversário do fim do maior campo de concentração nazi onde morreram mais de 1 milhão de pessoas.

‘Arbeit Macht Frei’ sign at the former Nazi German concentration camp Auschwitz-Brikenau in Oswiecim on January 22, 2023. (Photo by Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images)

Para assinalar o 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, a 27 de janeiro, pelas 22h15, o Canal HISTÓRIA estreia “Auschwitz: 80 Anos Desde a Libertação” um especial composto por duas estreias exclusivas: a série documental “Auschwitz: A Voz dos Sobreviventes” e o documentário “A Libertação de Auschwitz”.

Através destes trabalhos inéditos, os espectadores ficarão a conhecer segredos da libertação que nunca antes foram revelados. Terão acesso às vozes dos sobreviventes que puderam contar a sua história e daqueles que nunca regressaram. Combinando relatos de primeira pessoa e imagens de arquivo, o Canal HISTÓRIA constrói uma imagem precisa da fábrica da morte de Auschwitz, o símbolo máximo do extermínio dos judeus.

A 27 de janeiro de 1945, os soldados do Exército Vermelho chegaram a Auschwitz. À sua frente estavam “fantasmas vivos”, indivíduos sem forças, sem sorrisos, com os olhos afundados no vazio e com os ossos salientes, mal cobertos por uma pele frágil.

“A Libertação de Auschwitz”, com estreia pelas 22h15, narra a libertação do campo de concentração nazi, começando no dia em que os soldados do Exército Vermelho chegaram, narrando também a tragédia do Holocausto, a partir das perspetivas dos prisioneiros, dos libertadores, dos perpetradores e da população local.

Entre maio de 1940 e janeiro de 1945 morreram no campo de concentração de Auschwitz mais de um milhão de pessoas, a maioria judeus, transformando aquele complexo numa das principais fábricas da morte do nazismo. As quatro maiores câmaras de gás daquele local comportavam, cada uma, duas mil pessoas para serem mortas por asfixia, podendo assim assassinar oito mil pessoas num curto espaço de tempo.

Uma placa na entrada do campo dizia: “ARBEIT MACHT FREI”, que significa “o trabalho liberta”. Ao serem selecionadas para “trabalhar”, as vítimas poupadas do extermínio imediato eram imediatamente privadas da sua identidade individual.

Fugir de Auschwitz era praticamente impossível. Cercas de arame farpado, eletrificadas, cercavam o campo de concentração e o centro de extermínio. Havia guardas equipados com metralhadoras no alto das muitas torres de vigia e a vida dos prisioneiros era totalmente controlada pelos guardas.

Pelas 23h35, o Canal HISTÓRIA estreia “Auschwitz: A Voz dos Sobreviventes”, uma série documental surpreendente que dá a conhecer as deportações para Auschwitz através dos testemunhos de 44 judeus sobreviventes. Aliando os relatos na primeira pessoa a imagens de arquivo, entrevistas e reconstituições animadas, obtemos o retrato-robô da fábrica da morte que era Auschwitz – o derradeiro símbolo do extermínio dos Judeus na Europa.

Nesta série de cinco episódios, para ver nas segundas feiras de 3 e 10 de fevereiro, pelas 22h15, conheceremos 44 prisioneiros de vários países da Europa que viveram para contar a sua história. Os sobreviventes explicam como foi crescer nos anos 30, na Grécia, na Polónia, na Alemanha, na Bélgica, na Roménia, na Hungria e em França e a detenção como jovens adultos em Auschwitz. Estão entre a pequena minoria que sobreviveu ao horror e, juntos, partilham as suas histórias, e as daqueles que já não regressaram.