O canal Odisseia assinala o 15º ano de emissões com um grande desafio, já que, a partir do dia 1 de Março, passará a ser um canal independente para Portugal, concebido exclusivamente a pensar apenas na audiência nacional, o que implica uma programação mais adequada às preferências do público português.
Esta mudança vem acompanhada de uma operação de rebranding total. O Odisseia surgirá com uma imagem renovada, mas mantendo a essência que o caracteriza: um canal actual, surpreendente, rigoroso e de qualidade.
Assim, no novo Odisseia, para além da programação a que já nos habituou – baseada em documentários de qualidade, surpreendentes, abordando temáticas variadas e procurando proporcionar entretenimento de forma inteligente -, o espectador poderá agora encontrar uma maior aposta na área dos documentários de produção nacional.
15 anos, 15 documentarios únicos
Ao longo destes últimos 15 anos, o Odisseia caracterizou-se por ser fiel a uma programação variada e de qualidade que procura aproximar-se dos temas que marcam o pulso da actualidade, apresentando sempre um ponto de vista diferente e propondo ao espectador que reflicta e retire as suas conclusões.
A programação do Odisseia abarca os temas mais relevantes na área da natureza, sociedade e ciência, de forma descontraída mas rigorosa, contando grandes histórias através dos seus protagonistas. Aqui podemos encontrar a melhor selecção de documentários e uma forte aposta numa programação actual, rigorosa, exibindo trabalhos premiados e reconhecidos pelos melhores realizadores, productores e distribuidores do género a nível internacional.
Segundo Roberto Blatt, director do canal, ” “o Odisseia surge agora como o único canal de documentários 100% português, reforçando o seu compromisso com o talento criativo dos realizadores nacionais”.
Um canal 100% português
Uma das principais linhas estratégicas do Odisseia passará pelo reforço do seu apoio ao documentário em Portugal, através da aquisição de documentários portugueses seleccionados e premiados nos festivais mais importantes do País, como o Doc Lisboa ou IndieLisboa.
A aposta neste género de programação será já bastante evidente a partir do próximo mês. Os documentários “Li Ké Terra”, realizado por Filipa Reis e vencedor do Grande Prémio CGD para Melhor Longa-metragem da Competição Portuguesa e do Prémio Escolas no Doclisboa 2010, e “Transitando”, uma emotiva e original aproximação à realidade cubana produzido por António Maltez, são dois dos trabalhos de produção nacional que o Odisseia vai estrear a partir de Março.
Ainda em Março, o Odisseia vai estrear “Se podes olhar vê, se podes ver, repara”, um excepcional trabalho do realizador Rui Simões, considerado Melhor Documentário do Caminhos do Cinema Português e vencedor de uma menção especial do Festival Internacional de Curtas-metragens de Évora, FIKE.
O realizador Miguel Clara Vasconcelos assume também lugar de destaque no canal durante os próximos meses já que o Odisseia vai exibir três dos seus mais conceituados trabalhos: “Combate às Escuras”, que integrou o DocLisboa; “EX”, documentário seleccionado no festival de cinema independente Indie Lisboa, e “Documento Boxe”, considerada a Melhor Curta Metragem Portuguesa no Festival Internacional de Vila do Conde.
Entre Abril e Junho, o Odisseia vai exibir o documentário realizado por Inês de Medeiros e vencedor de três prémios “Cartas a uma ditadura” e “Lisboetas” – o documentário português mais visto em cinema -, da autoria do reconhecido realizador Sérgio Tréfaut.
Nesta nova etapa, o Odisseia vai ainda estender o seu apoio à produção de documentários nos países lusófonos, através da aquisição de documentários realizados por produtoras e realizadores portuguesas e lusófonas sobre temas nacionais, africanos e internacionais.
“Histórias de Luanda, Oxalá Cresçam Pitangas”, uma co-produção entre Portugal e Angola, produzida por Inês Gonçalves, que retrata as diferentes formas de viver e interpretar a cidade, e “Batuque”, uma co-produção de Portugal e Cabo Verde sobre a importância da música na sociedade cabo-verdiana, são dois fascinantes documentários que o Odisseia destaca na sua nova programação.
O leque de novas apostas passa também pelo investimento na produção própria do Odisseia em Portugal e nos países lusófonos. Um dos exemplos mais relevantes desta sinergia é o documentário “Odisseias Norte e Sul”, um projecto partilhado entre a Chello Multicanal (Espanha e Portugal) e a TV Zimbo (Angola) que dá a conhecer projectos levados a cabo por voluntários, cientistas, políticos ou cidadãos comuns que, conscientes da sua responsabilidade, puseram em prática as suas ideias com o objectivo de melhorar a comunidade onde estão integrados.
Além das produções nacionais, o canal pretende também investir na aquisição e exibição de documentários internacionais galardoados nos festivais portugueses. O documentário “El Sicario Room 164”, vencedor do Grande Prémio Cidade de Lisboa para Melhor Longa-metragem da Competição Internacional no Doc Lisboa 2010 ou “Steam of Life”, vencedor do Prémio Universidades para Melhor Longa-metragem na Competição Internacional do mesmo festival, são alguns exemplos de trabalhos reconhecidos que passarão, em exclusivo, pelo ecrã do canal Odisseia.
Nova imagem
Para assinalar o 15º aniversário, o Odisseia apostou numa reformulação total de imagem e, sem perder a sua essência, apresenta, a partir de 1 de Março, um novo look: actual, original, dinâmico e divertido.
Desenhado pela prestigiada agência britânica RED BEE, responsável pela criação de imagem de produtoras e emissoras como a ERT (Grécia), NPO (Holanda), La7 (Itália), Chello Multicanal (Espanha) ou MBC (Dubai), este rebranding está sustentado por uma campanha publicitária presente em outdoors e mupis a nível nacional, com arranque a partir do primeiro dia de Março.
O novo logótipo reflecte uma espiral, elemento que procura representar um leque de opções, representando a forma como o Odisseia – partindo de uma realidade conhecida e previsível -, revela o outro lado, apresentando distintos pontos de vista e uma variedade de conteúdos: “Um mundo. O teu olhar”.
Este posicionamento será reforçado com o novo claim “Cada documentário é um mundo”, já que o canal proporciona uma visão diferente dos temas que nos são próximos e uma perspectiva diferente do mundo em que vivemos.
Assim, a imagem On Air – que, no passado, já conquistou reconhecimento internacional – renova-se, seguindo a linha de uma contínua surpresa com o objectivo de mostrar o mundo sempre diferente, segundo o olhar de quem o observa. As novas peças On Air são compostas por diversas situações do quotidiano que surgem com um fim surpreendente. Seguindo esta ideia, mostram-nos situações inesperadas, tais como peixes a sair de uma garrafa, no meio de um deserto, ou borboletas a voar do interior de uma fechadura.
Programação especial: 15 anos, 15 documentarios
A partir de 1 de Março, o Odisseia vai exibir a programação especial “15 anos, 15 documentários”, uma selecção de 15 dos trabalhos mais premiados e valorizados que representa, simultaneamente, uma amostra dos diferentes géneros abordados no canal.
A destacar, o documentário da BBC “Sobreiros em Perigo” que aborda o estado de alerta e a ameaça pendente sobre os montados portugueses. Um trabalho produzido no Reino Unido e vencedor de um prémio pela sua mensagem de preservação no International Wildlife Film Festival, em Montana.
Este especial conta ainda com o documentário “As Crianças do Bairro Vermelho”, a incrível história de um grupo de crianças filhas de prostitutas que vivem no escuro distrito de luzes vermelhas na abarrotada Calcutá. Este trabalho excepcional conquistou cinco galardões em vários festivais internacionais como o Sundance Film Festival ou International Amnesty Film Festival, tendo conquistado o Óscar para Melhor Documentário na categoria de longa-metragem no Academy Awards, em Hollywood.
A primeira assassina em série cuja vida foi transportada para cinema no filme “Monstro”, que valeu um Óscar a Charlize Theron, é o tema do documentário “Aileen, uma Assassina em Série”. Vencedor do prémio para Melhor Documentário no Tribeca Film Festival e do prémio Amnistia DOEN para Melhor Documentário no Amsterdam International Film Festival, este trabalho fascinante reflecte uma história de vida incrível que comoveu a população norte-americana.
Vencedor do prémio Melhor Documentário sobre Direitos Humanos no Amsterdam International Film Festival, Melhor Documentário e Prémio Amnistia no Copenhague International Film Festival, entre muitos outros, o documentário “Birmânia, Desafiando a Censura” representa um valioso testemunho sobre a censura informativa que domina o país nas mãos dos seus dirigentes. Este trabalho participou em mais de 150 festivais por todo o mundo e venceu 47 prémios internacionais.
“Máfia Russa” é mais um dos fascinantes documentários que integram esta programação especial. Esta é uma produção própria do canal Odisseia que desvenda o submundo do crime na Rússia, com a ajuda de testemunhos inéditos de alguns dos antigos chefes da máfia.