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‘Homo Curiosus’: Lisboa acolhe evento gratuito dedicado às mentes mais curiosas

28 Setembro 2023
Homo Curiosus: Lisboa acolhe evento gratuito dedicado às mentes mais curiosas

Se és um “HOMO CURIOSUS” não podes perder o grande evento de divulgação científica que acontece dia 21 de outubro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, uma iniciativa dirigida a famílias que inclui palestras conduzidas por oradores de renome, experiências imersivas e documentários com reconhecimento internacional.

Depois de passar por Bilbao em 2019, é a vez de Lisboa acolher o evento “HOMO CURIOSUS”, organizado pelos canais de documentários produzidos pela AMC Networks International Southern Europe: Canal HISTÓRIA, AMC BREAK, Odisseia e AMC CRIME, em parceria com a NOS.

Apresentado por Rita Camarneiro, no “HOMO CURIOSUS” serão exibidos onze documentários exclusivos, premiados internacionalmente, e diversas experiências imersivas, que pretendem aproximar os visitantes da ciência de uma maneira divertida e original.

Assim, no sábado, 21 de outubro, das 9h30 às 20h, os mais curiosos têm entrada gratuita (mediante inscrição em www.homocuriosus.pt,) no Pavilhão do Conhecimento para assistir a onze palestras onde serão apresentados temas de grande atualidade, tais como: Decifrando ossos: o que nos podem contar os mortos, “Podemos falar com os animais?”, “Porque precisamos de mentir?”, “Podem as criptomoedas ser moedas padrão mundiais?”, “Estamos a comer plástico?”, ou “Poderemos morar no Espaço”?.

Num só dia, o Pavilhão do Conhecimento irá acolher alguns dos cientistas mais reputados do nosso país, como o Diretor de Voo da Missão Espacial Europeia, João Lousada, candidato a astronauta da Agência Espacial Europeia (ESA); Nuno Maulide, professor na Universidade de Viena, reconhecido como “Cientista do Ano” em 2018 pelo Clube Austríaco de Jornalistas de Ciência; os conceituados físicos Alexandre Quintanilha e Carlos Fiolhais, entre muitos outros grandes “cérebros” nacionais.

Segundo Carlos Fiolhais, cuja palestra é subordinada ao tema “Porque somos homo curiosus”, a “curiosidade é a mola da nossa vida. Neste evento surpreendente teremos a presença de onze personalidades notáveis e extremamente curiosas, cujas palestras vão certamente permitir que cada participante entre na porta do futuro”.

Além disso, contará com a presença da sexóloga e investigadora Valérie Tasso, autora da obra “Diário de uma Ninfomaníaca”, adaptada a filme em 2008, que irá assegurar a palestra “A Sexualidade humana acabará por tornar-se num algoritmo?”.

O espaço terá ainda disponíveis várias experiências imersivas, baseadas em tecnologías como a Inteligência Artificial ou o 5G, que permitirão aos visitantes interagir com um robot humanóide, fotografar-se com hologramas de personagens históricos, criar o próprio holograma, ou descobrir como serão os alimentos do futuro que prometem responder à necessidade de alimentar mais de 8.000 milhões de pessoas em 2050. Os mais valentes poderão provar alguns destes alimentos como insetos desidratados ou gomas iguais às que os astronautas comem no espaço.

O evento “HOMO CURIOSUS” vai ser ainda palco de experiências de realidade virtual assente em 5G. Numa parceria entre a NOS e a AMC, os visitantes terão oportunidade de experimentar conteúdos imersivos e saber mais sobre Ciência e História de forma interativa e totalmente imersiva em 360º.

Entre as onze propostas de documentários exibidos durante o evento, destaque para os multipremiados “Afogados em Plástico”, que acompanha a bióloga Liz Bonnin e uma equipa de cientistas numa viagem para descobrir o verdadeiro perigo do plástico nos oceanos e “Porque Ignoramos as Alterações Climáticas?”, um trabalho revelador que explica a negligência da Humanidade relativamente à crise ambiental em curso.

Dirigido a todos os públicos e com entrada gratuita, o “HOMO CURIOSUS” celebra a curiosidade inerente ao ser humano, revelando a sua importância no avanço da Humanidade.

Homo Curiosus: Lisboa acolhe evento gratuito dedicado às mentes mais curiosas

PORQUE SOMOS HOMO CURIOSUS? A CURIOSIDADE. Por Carlos Fiolhais

Desde os primórdios da humanidade que a curiosidade é a força motriz que nos leva a procurar respostas para aquilo que não conseguimos encontrar explicação. O ser humano é curioso por natureza e essa curiosidade é a força motriz que nos levou a atravessar fronteiras e a querer decifrar os segredos do universo. Os cientistas são os grandes curiosos por excelência, e alguns conseguem tornar a ciência mais acessível e compreensível para o grande público.

Carlos Fiolhais é professor de Física Teórica da Universidade de Coimbra, com doutoramento na Alemanha. Escreveu mais de uma centena de artigos científicos e de dezenas de livros, alguns traduzidos internacionalmente. Criou um centro «Ciência Viva», dirige a coleção «Ciência Aberta?», e recebeu vários prémios e distinções nacionais e internacionais pela sua atividade de difusão da ciência.  

AQUECIMENTO GLOBAL, PORQUE É QUE OS POLÍTICOS NÃO FAZEM MAIS PARA O DETER? Por Alexandre Quintanilha

Nunca estivemos tão conscientes do risco de colapso devido às alterações climáticas e, no entanto, parecemos incapazes de perceber a transformação coletiva que a situação exige. Como se justifica a nossa inércia face à crise ambiental em curso? Por que razão o cérebro humano não consegue processar o aquecimento global? Poderão estar relacionados os interesses económicos e a dificuldade de sacrificar lucros imediatos para garantir benefícios a médio e longo prazo?

Alexandre Quintanilha é doutorado em física, estudou o stress oxidativo nos seres vivos e a forma como lidamos com o risco. Criou vários centros de investigação e cursos nas Universidades de Berkeley e do Porto. Hoje, como parlamentar, contribui para uma política baseada no conhecimento.

PODEMOS FALAR COM OS ANIMAIS? Por Joana Branco

Muitos animais têm um repertório limitado de sons, mas compensam-no com uma vasta gama de movimentos corporais e faciais que lhes permitem comunicar. Alguns sinais são óbvios, mas a maioria é demasiado subtil para ser percebida pelos humanos. Sem palavras para descodificar, os cientistas têm de se basear na análise física das vocalizações emitidas e depois compará-las com o comportamento observado. A investigação está a mostrar que há mais sobreposições entre os humanos e os animais selvagens do que pensávamos.

Joana Branco é bióloga e jornalista. Tem desenvolvido a sua atividade em diferentes países e áreas, incluindo a investigação fundamental, a etologia, a primatologia, o jornalismo científico e a comunicação e divulgação de ciência e tecnologia. Especialista em comportamento animal, em particular dos macacos-prego.

PORQUE PRECISAMOS DE MENTIR? Por David Marçal

A evolução biológica é um processo implacável que avança sem quaisquer preocupações com princípios éticos, o que conta é o sucesso na sobrevivência e na reprodução. Através das redes sociais, notícias falsas que imitam a estética das verdadeiras são espalhadas porque conferem uma vantagem a quem o faz. Atualmente, os investigadores podem medir as mentiras e encontrar indicadores físicos para as identificar: nível de ativação fisiológica, esforço cognitivo, movimentos oculares, etc. A ciência pode tornar as mentiras visíveis e mensuráveis.

David Marçal é doutorado em Bioquímica pela Univ. Nova de Lisboa. Professor convidado na Univ. Nova de Lisboa, onde ensina comunicação de ciência. Autor de vários livros, ensaios, peças de teatro e programas de televisão sobre ciência. Foi cientista júnior na Hovione FarmaCiência e investigador em bioquímica estrutural no Inst. de Tecnologia Química e Biológica da Univ. Nova de Lisboa. Ganhou o Prémio Químicos Jovens 2010, o Prémio Ideias Verdes 2010 e o Prémio COMCEPT 2014.

ESTAMOS A COMER PLÁSTICO? Por Nuno Maulide

A vida na Terra está a afogar-se em milhares de milhões de pedaços de plástico. No mundo inteiro, os animais são afetados quer por ingerirem, quer por ficarem emaranhados nas armadilhas do plástico que acabam por causar a morte de cerca de 300 mil mamíferos marinhos por ano e mais de 400 mil aves marinhas. Os cientistas descobriram que o plástico entra no nosso corpo a partir de inúmeras fontes: o ar que respiramos, a água que bebemos, os alimentos que comemos…

Nuno Maulide estudou Química no Inst. Superior Técnico de Lisboa, é Mestre em Química pela École Polytechnique e Doutorado em Química pela UCLouvain – Université Catolique de Louvain, com pós-doutoramento na Univ. de Stanford. É professor catedrático na Univ. de Viena, diretor do Laboratório Christian Doppler e o mais jovem membro da Academia Austríaca de Ciências. A sua investigação relaciona-se com a síntese de moléculas biologicamente ativas, tendo criado um novo método de síntese orgânica com implicações no desenvolvimento da terapia do cancro. Em 2019 foi eleito cientista do ano, na Áustria, e, em 2018, venceu o prémio Ignaz Lieben. Foi o primeiro português a receber o prémio “Bayer Early Excellence in Science Award 2012” na área da Química.

PODEREMOS MORAR NO ESPAÇO? Por João Lousada

É possível que, num futuro próximo, a Terra se torne inabitável devido às alterações climáticas, excesso de população, ou o impacto de um asteroide. Consequentemente, podemos ter de nos mudar para uma colónia em órbita ou para outro corpo celeste como a lua ou Marte e construir uma nova casa em colónias espaciais distantes. A tecnologia permite-nos pensar que uma colónia na lua ou em Marte poderá ser uma realidade ainda neste século.

João Lousada é Diretor de Voo do Columbus, o módulo europeu da Estação Espacial Internacional, sendo responsável pelas operações do módulo e pela segurança dos astronautas. É ainda astronauta análogo e comandante de missões análogas a Marte, no Fórum Espacial Austríaco (OeWF). A missão mais recente teve lugar, em Israel, no deserto de Neguev, onde esteve 4 semanas isolado, com uma pequena equipa, a simular uma futura missão a Marte. Licenciou-se no Inst. Superior Técnico, com um Mestrado em Eng. Aeroespacial que incluiu estudos na Universitat Politecnica de Catalunya, em Espanha, e na University of Victoria, no Canadá.

ESTAMOS MAIS SAUDÁVEIS DO QUE NUNCA? Por Céu Mateus e Ana Domingos

A esperança de vida aumentou exponencialmente nos últimos 50 anos, a mortalidade infantil foi reduzida graças às vacinas e a utilização de antibióticos garantiu a saúde de milhões de pessoas. Em 2020 conseguimos desenvolver em tempo recorde uma vacina para uma nova doença que salvou a vida de milhões de pessoas. Mas, ao mesmo tempo que vivemos mais e melhor, novas ameaças pairam sobre a nossa saúde, como a última grande pandemia: a obesidade.

Céu Mateus é economista da saúde. Desenvolveu investigação em vários domínios desde a equidade no financiamento dos cuidados de saúde, aos custos da obesidade em Portugal, à avaliação do valor para a sociedade de inovações terapêuticas, e à prestação de cuidados a jovens adultos Queer.

Ana I. Domingos é Professora de Neurociências na Univ. de Oxford. O seu laboratório inspira-se na ideia de que é possível manipular neurónios para mitigar a obesidade. Estuda as propriedades neurobiológicas de neurônios que descobriu entre a gordura, abrindo um novo campo de investigação denominado Neuroimunometabolismo, sobre qual já escreveu múltiplos artigos científicos e organizou conferências.

A SEXUALIDADE HUMANA ACABARÁ POR TORNAR-SE NUM ALGORITMO? Por Valérie Tasso

O amor é felicidade, tristeza, ciúme, desejo sexual e só existe sob esta forma nos seres humanos. Os nossos sentimentos são regulados por hormonas e neurotransmissores. Podemos controlar conscientemente a sua libertação e influenciar um processo tão complexo como a ligação e a vinculação, regulando a psicobiologia e estimulando a oxitocina, a hormona do amor. Se estimularmos a oxitocina, os seres humanos tornam-se mais sociáveis. Pode fazer a diferença, mas não ativa o desejo sexual, não é uma droga do amor. Será que, através da biotecnologia, podemos e queremos mudar a forma como amamos?

Valérie Tasso é escritora, sexóloga e investigadora do IN.CI.SEX (Inst. de Ciências Sexológicas) da Univ. de Alcalá de Henares (Madrid).  Doutorada em Interculturalidade pela Univ. de Estrasburgo. Especialista em Terapia Sexual, Terapia de Casal e disfunções sexuais comuns há mais de 17 anos. Conferencista, professora em universidades e colaboradora em vários meios de comunicação social. Autora de 10 ensaios sobre sexologia. Em 2003, publicou a obra “Diário de uma Ninfomaníaca”, que em 2008 foi adaptada a filme, causando uma grande polémica devido à censura do cartaz do filme.

DECIFRANDO OSSOS: O QUE NOS PODEM CONTAR OS MORTOS Por Eugénia Cunha

Da mistura entre a antropologia e a medicina legal surge a antropologia forense. A passagem do tempo fez desaparecer a maior parte dos indícios, mas poderá a psicologia criminal moderna aliada aos novos avanços forenses explicar os últimos atos das vítimas e especular sobre os motivos dos assassinos?

Eugénia Cunha, antropóloga forense, bióloga, prof. catedrática da Univ. de Coimbra e Diretora do Inst. Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, em Lisboa. A sua investigação centra-se na identificação de restos humanos em adiantado estado de decomposição, em particular em tentar desvendar a informação gravada nos ossos.

PODEM AS CRIPTOMOEDAS SER MOEDAS PADRÃO MUNDIAIS? Por António Pacheco

Do Bitcoin aos NFTs, as criptomoedas estão a fazer manchetes. Mas o que é exatamente e como funciona? Os especialistas vão além do hype e do ceticismo para desvendar os fundamentos sociais e tecnológicos da criptografia.

António Pacheco é licenciado em Organização e Gestão de Empresas com especialização em Auditoria. Criou quatro empresas, vendeu duas e é fundador da Editora Self e do Cowork da Praia.Autor dos livros Bitcoin e Teletrabalho e de dois podcasts: O “Bitcoin Talks” e o “Conversas Sobre Princípios”.

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